‘Se eu deixar de sofrer
como é que vai ser para me acostumar?
Se tudo é carnaval eu não devo chorar
Pois eu preciso me encontrar’
Essa historia coletiva, essa avidez por música alta e despreocupação com horários, essa debandada de pessoas querendo dissolver as amarguras e os problemas em purpurina e lantejoulas, em confetes e serpentinas, querendo se fantasiar, se esconder, se fazer de outro, se encontrar no outro, se entregar ao outro, se esfregar no outro, essa folia regada à batuque que remete aos ancestrais, esse comportamento sexual promíscuo, essa agitação cultural e social desenfreada, esse atrativo internacional, essa indústria muitas vezes baseada na contravenção, essa exaltação ao corpo que ludibria o espírito, chama-se carnaval.
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